quarta-feira, 11 de maio de 2016

Prioridades

Sempre tive muitos ciúmes, aqueles nada saudáveis, de vasculhar redes sociais e celular. Conforme o tempo, isso foi diminuindo, principalmente depois que comecei a namorar o Robson, atualmente, meu marido. Sempre entendi amizade entre homem e mulher, por mais que não parecesse. Até porque tenho muitos amigos homens dos quais são apenas amigos, sem segundas ou terceiras intenções. Quando namorava meu ex, Matheus, não conseguia entender sua amizade com sua amiga, Luciana, porém, quando terminamos, coloquei a cabeça e os pensamentos no lugar, percebi o quanto fui injusta com a amizade deles. Poderia e deveria ter sido mais compreensiva. 

O que mais tem no mundo são casais que brigam pelo passado alheio. Ou porque o namorado (a) é amigo (a) do (a) ex, ou porque simplesmente tem amigos do sexo oposto, sem vínculo de um relacionamento anterior. Todo mundo com quem nos relacionamos tem um passado e é preciso tentar, ao menos, compreender. Ao meu ver, aqueles que não acreditam nesse tipo de amizade, são pessoas que fazem amizades já com segundas intenções. podem planejar algo no começo ou a longo prazo, mas estão ali esperando o momento certo. 

Recentemente, reencontrei um amigo, de longa data, que me disse que não sente ciúmes e depois de muitas conversas, consegui enxergar da forma que ele enxerga e levei isso de não ter ciúmes para a minha vida. Claro, ainda não estou 100%, mas coisas que antes me incomodavam, hoje não incomodam mais. Ou apenas me importar com o que é realmente importante. Funcionou, pois estou me estressando menos, me sinto mais leve e sem a necessidade de controlar tudo a minha volta. Relaxar faz bem, principalmente quando é mentalmente relaxada. 

Então, qual é o limite da amizade? Isso sequer existe? Você realmente não se importa de deixar seu marido, namorado, companheiro, sair pra beber com os amigos, enquanto ele assiste ao futebol num bar, muito menos controla o horário, mas quando o mesmo não atende o celular e nem dá sinal de vida e chega de madrugada em casa, realmente é necessário existir um certo limite. Não pra mostrar quem manda, mas pelo simples fato do mundo estar perigoso e você precisa, no mínimo, saber se a pessoa está bem. 

Mas quando se trata da amizade do sexo oposto, onde estão os limites? Ninguém sabe! Quando o amigo (a) ganha mais atenção em determinados assuntos, isso tende a te incomodar e você passa a questionar a si mesmo: "Quem é prioridade nessa bagaça? A amizade ou eu?" Saber dosar a atenção é essencial e saudável, seja para você ou para o (a) companheiro (a). A melhor parte de tudo isso é quando todo mundo se torna amigo. Mais fácil de se sentir confortável em ajudar com os problemas dos outros, quando se tem ao menos uma certa intimidade. 

Eu sei a todo tempo quais são as minhas prioridades, seja nos estudos, trabalho, na vida e com os amigos, mas e você, sabe?













3 comentários:

  1. Eu acho que o limite da amizade, de qualquer forma, tem que ser estabelecido pela pessoa e não pela(o) parceira(o).
    O que eu vejo por aí de pessoas que reclamam do ciúme da(o) parceira(o), mas só agem com o objetivo de provocar mais ciúmes...
    Ou de pessoas que reclamam das amizades do outro, mas não enxergam a falta de limites de suas próprias amizades!

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  2. O problema também é: quando você sabe o limite das suas amizades, os seus amigos tbm, mas o parceiro (a) não faz o mesmo. E acima de tudo prioriza a amizade acima do relacionamento e concordo, culpa tanto da amizade quanto do parceiro.

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  3. O problema também é: quando você sabe o limite das suas amizades, os seus amigos tbm, mas o parceiro (a) não faz o mesmo. E acima de tudo prioriza a amizade acima do relacionamento e concordo, culpa tanto da amizade quanto do parceiro.

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