segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Felicidade do dia #06

Assisto 744757348573947 séries ao mesmo tempo. Não é exagero. Quando as minhas séries favoritas terminam e eu tenho que esperar mais um ano, pela próxima temporada, só resta me consolar com outras séries. Muitas pessoas perguntam como eu consigo e pra falar a verdade, nem eu sei. 

Pra começar, por eu ter pouca grana, minha vida social é um pouco parada, ou seja, ficar em casa facilita maratonar sem perturbação.

Não me canso rápido. O chato de convidar pessoas pra maratonar com você é que você tem disposição de assistir 15 episódios seguidos, enquanto seu amigo no segundo episódio já quer fazer outra coisa ou está dormindo. Portanto, se eu tiver tempo de fechar uma temporada em um dia, eu irei fazer, com um único arrependimento: acabar a série tão rápido e ter que esperar um ano para a próxima.  

Eu tenho tempo. Meu trabalho tem internet, acesso a Netflix e a única dúvida que eu tenho é qual a próxima série vou assistir. Não é que eu não faça nada o dia todo, mas quando tenho tempo, num horário menos movimentado, são 3 episódios colocados em dia. Parece pouco, mas coloca na ponta do lápis 3 episódios por dia. No fim da semana é mais do que muita gente consegue assistir, num final de semana. 

Então, por as minhas séries em dia é incrível. Privilégio que poucos tem. 
Ponto positivo: amigos me pedem dicas do que assistir.
Ponto negativo: por assistir muitas séries, tenho poucas pessoas pra discutir sobre. 

Felicidade do dia? Ter tempo de maratonar séries. 


Felicidade do dia #05

Uma coisa que não sei fazer na vida é receber elogios.

Vou deixar uma coisa bem clara: não é que eu não goste de receber elogios, apenas não sei recebê -los. Sempre fico sem graça e nunca sei se respondo: obrigada ou você precisa de um óculos.
Não me acho bonita, nem atraente, nem sexy, tenho sérios problemas de auto estima e quando recebo um elogio, penso logo: "Estão me zoando. Estão sim."

Por que estou falando sobre isso? Porque ultimamente tenho recebido muitos elogios. Mais do que o normal. Seja por estar mais magra, por ter pintado o cabelo de vermelho, pela cor do esmalte, por estar usando maquiagem ou sobre qualquer outra coisa. Sinceramente, não estou acostumada, mas o ego agradece. E muito.
Quando se está num dia ruim, duas coisas podem ajudar: um abraço e/ou um elogio.
E você, já elogiou alguém hoje?


Felicidade do dia? Ser elogiada verdadeiramente.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Felicidade do dia #04

Um dos maiores medo de uma mulher é subir na balança. Principalmente aquelas que se matam a semana inteira na academia, ficam na dieta e quando sobem na balança, perdeu 200 gramas. Porém, bastou olhar para um sonho na padaria, num domingo, engordou 2 quilos. Posso ser ogra, mas sou mulher e tenho medo da balança também. Fujo dela igual o diabo foge da cruz. 

Mês passado, ainda não malhando sério, resolvi subir e não gostei do que vi. O que antes já estava desanimada, consegui ficar pior. Quando você pensa que não pode piorar, saiba que sempre pode. E foi daí que tirei a força de vontade. Troquei a minha série, tentando a voltar a correr, fazendo HIIT (treino Intervalado de Alta Intensidade) e mantendo a alimentação saudável. 
Comecei a reparar que algumas roupas estão ficando mais largas, principalmente as bermudas e me sinto menos inchada. Conclusão: tive que criar coragem e subir na balança. E por ter feito isso que tem o post de segunda feira. Menos 3,300 kg. Parece besteira, mas quando se trata de auto estima, 3,300 kg já me sinto Gabriela Pugliesi. (se não sabe quem é, favor procurar no Google)

Felicidade do dia? Estar pesando 77 quilos. 

Felicidade do dia #03

Eu sei que deveria ter postado na sexta feira, mas como não achei nada de feliz no meu dia e estava com humor insuportável, desde quinta, achei melhor escrever dois posts hoje. Um para sexta e outro para hoje. A felicidade pode não ter sido na sexta, mas o importante é acordar no dia seguinte disposto a fazer seu dia valer a pena.

No final de semana, não fiz nada além de assistir filmes clássicos e por as séries em dia. Li alguma coisa, apenas porque fiquei cansada de assistir tanto tempo de televisão, mas a felicidade veio em algo simples e que sofro muito pra manter nos finais de semana: a dieta!
Sempre tem refrigerante, gordices e doces, mas não nesse e espero que nem nos próximos. Consegui tomar o café da manhã na disciplina, almoço sempre com alimentos integrais e verduras, sem refrigerante ou bebidas ricas em açúcar, comi bastante frutas e bebi bastante água. Até mesmo quando queria acabar com o mau humor, enfiando o pé na jaca, comendo uma batata frita com calabresa, não consegui, pois o lugar onde compro estava sem batata. Sinal divino dizendo: "Larga de ser trouxa e fica na dieta." E fiquei.

Felicidade do dia? Foco.


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Felicidade do dia #02

Sei que o acordo era postar nas segundas, quartas e sextas, mas como ontem foi feriado e estava sem internet, irei postar hoje a felicidade do dia, de ontem.

O feriado além de cair no meio da semana, caiu também antes da data de pagamento, ou seja, sem dinheiro.Portanto, a melhor coisa a se fazer é ficar em casa, assistindo filmes e séries. Uma lista de filmes como: O Guarda Costas, A Era do Gelo 5, 13 Horas e a Quinta Onda. Posso dizer que assisti a todos muito bem acompanhada e sim, com gordice.

Mas algo que me deixou bem feliz foi que tirei um tempo para me cuidar. Tirar o esmalte descascado, fazer a sobrancelha que estava precisando muito, mas não fazia por preguiça, fazer limpeza de pele, massagem no cabelo e passar um creme relaxante no corpo. Me senti uma princesa e o melhor, me senti linda, tanto que hoje estou de batom. E pensei que, poderia sim me cuidar mais, não só com as corridas e musculação, mas com maquiagem, brincos, anéis e cuidar mais do meu cabelo, até porque estou deixando ele crescer. Quero estar linda e me sentir assim.

Felicidade do dia? Auto estima.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Felicidade do dia #01

Eu trabalho como recepcionista, numa academia, no centro do Rio de Janeiro. Vejo muita gente por dia. Algumas alunas se tornaram minhas melhores amigas, como a Lohraine, Luciana Lobão, Simone Leandro, que me inspira nas corridas, sempre fala para dar o melhor de mim e que o importante é terminar a corrida, não importa o tempo. Dedico as minhas medalhas a ela, por ter me introduzido no mundo das corridas e por me deixar mais pobre do que já sou, com tantas inscrições. Tem a Raquel Pâmela, que sempre dá dicas de comidas fitness, mesmo quando a mesma se joga num prato de feijoada, no final de semana. Compartilha com o grupo notícias sobre saúde, alimentação, exercícios, desafios, suplementação e blogueiras fitness. Por último e não menos importante, Cristiane Quadros. Ela é a pessoa mais focada do grupo. Se mantém na dieta, fica triste quando tentam sabotá - la e corre todos os dias - ou o máximo de dias que conseguir. Elas são as responsáveis por me servir de inspiração  para o dia a dia e me ajudam a manter o foco. Melhor: ajudamos umas as outras. 

Recentemente, entrou uma aluna na academia, que tem problemas de coordenação motora. Ao contrário do que pensam, isso não a faz triste ou frustrada. Disse que queria voltar a fazer musculação, porque a ajuda a controlar melhor a coordenação. Chega com um sorriso no rosto, muito educada e faz o dia ficar melhor. Não é porque possui limitação que vai deixar de fazer o que gosta ou que faz bem. Ela vai a academia todos os dias. Todos. Os. Dias. 
Isso me faz pensar na vida e principalmente, nas minhas atitudes, porque enquanto estou com preguiça de ir a academia e dando desculpas esfarrapadas para faltar, ela mesmo com todas as desculpas, vai com um sorriso no rosto e bom humor invejável. 

Alegria do dia? Inspiração. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O beijo do Dementador

Você percebe que a sua vida não vai bem quando começa a usar frases populares para encontrar algum sentido na vida ou apenas uma filosofia.

Esse ano tem sido bem ruim e o mês de Agosto - lento e sem fim - veio pra acabar de pregar o caixão. Não há necessidade de falar sobre os meus problemas, as pessoas mais próximas estão cientes e é isso que importa. Não precisa ficar preocupado, não é nada grave como doença em fase terminal, apenas muitas mudanças em um espaço curto de tempo. Aí vem as frases: "Mudanças são boas" e "Há males que vem para o bem." Sinceramente, não tenho nada contra mudanças, mas quando gosto da minha rotina, elas não são bem vindas. Ah! Ainda tem aquela frase "Deus não dá uma cruz maior do que podemos carregar". Certamente Ele me acha forte pra enfrentar tudo que estou passando, mas não precisava me confundir com o Rambo.

Um amigo me disse mais de uma vez que, pensar demais no futuro traz expectativas e frustrações desnecessárias. Porque você fica chateado por algo que desejou e não saiu do seu jeito. Viva o dia como se fosse o último.
Dois anos trás diria que ele é maluco, mas hoje, faz um certo sentido e uso isso para conseguir levantar da cama todos os dias.

Ultimamente, tenho agido da seguinte forma. Sabe quando chega a segunda feira, volta toda a sua rotina de estudo e trabalho e a única coisa que você queria era voltar no final de semana, pra dormir mais ou fazer maratona de série, então você finge estar de bom humor e no fim do dia começa a ficar? Exatamente isso que eu faço. Finjo estar bem que no fim do dia estou bem. Ou não.

Não tenho muito do que reclamar, tenho tempo de por minhas séries em dia, de ler livros, ler meus mangás, ver anime, malhar, correr e falando assim parece que meu dia tem 48 horas. Só preciso me acostumar a nova fase, sem saber se ela vai continuar sendo nova, temporária ou definitiva. É preciso ter calma e esperar. Em falar em esperar, o tempo é meu mais novo melhor amigo. A gente não se dá muito bem, porém ele é muito compreensível comigo, que insisto em ser afobada.

No exato momento, ainda tenho minha essência, porém me sinto vazia. Apenas vazia. Recebi o beijo do Dementador. E ainda estou tentando lidar com isso, um dia de cada vez. Quando estamos tristes, tende - se a olhar para o lado negativo da vida. Sempre que me vejo surtando por coisas pequenas ou com o que não preciso, falo comigo mesma: "Relaxa. Não precisa controlar tudo e todos a sua volta. Respira fundo. Relaxa os ombros. Se importe menos com as coisas bobas. Releve. Viva a sua vida"

Afim de diminuir a tristeza, mágoa, raiva, ansiedade e depressão, me propus a olhar o lado bom do dia ou da vida e irei escrever sobre, aqui no blog, todas segundas, quartas e sextas. E nas terças e quintas, irei escrever matérias no blog do Nerdice².

Beijos, Mari ;)















quinta-feira, 21 de julho de 2016

Sete esferas. Um pedido.

Dia 21 de julho sempre será um dia especial. Se minha vó estivesse viva hoje, estaria completando 84 anos.

De manhã, eu iria abraçá - la e diria: "Parabéns, muitas felicidades, saúde, juízo e muitos anos de vida..." e ela iria responder "Não quero muitos anos de vida, já vi o bastante. Talvez nem passe desse ano." Sempre passava. Não ia querer presente, porém sempre pedia um talco. Falava que velho fede e ainda tem aqueles velhos que não tomam banho e que fedem ainda mais. Perfume para ela era um artigo de luxo, só usava quando saía. 

Um ano depois de sua morte, a sua falta é grande. Sempre que me sinto perdida, ouço a voz dela, com seus conselhos e esporros, que hoje em dia é quase sempre, porque eu ficava sem rumo de vez em quando, mas o que estou passando ultimamente não é de Deus. Ela fazia parte da minha alma e quando se foi algo dentro de mim foi arrancado - um pouco da minha alma, um pouco da minha essência. Além do mundo ficar preto e branco, vivo num paradoxo constante, porque os meses passam rápido, mas numa lentidão sem fim e tenho a sensação que ela morreu ontem. Dizem que o tempo cura tudo, só queria que dissessem quanto tempo é necessário, pois sempre me sinto sozinha, não que eu esteja de verdade. Tenho um marido que me ama, uma mãe atenciosa, amigos para me incentivar, para me dar conselhos, que acreditam em mim, mesmo quando eu mesma deixo de acreditar, que se importam comigo e principalmente, sentiriam a minha falta, caso eu morresse. 

Quando eu era criança, assista um desenho chamado Dragon Ball (pra ser sincera, assisto até hoje) e tinha as esferas do Dragão. Se você juntasse todas as sete esferas, poderia fazer um pedido ao Shen Long, o Dragão que realizava o seu desejo. 
Eu iria pedir minha vó de volta, sem dor e sem sofrimento, por apenas dois minutos. No primeiro minuto, falaria o quanto sinto a sua falta e quanto a amo. No segundo minuto, eu iria abraçá - la, até sentir a minha alma doer. Quando ela fosse embora novamente, as esferas seriam espalhadas pelo mundo, eu iria caçar todas elas novamente e faria o mesmo pedido. Porque por ela, vale a pena cada jornada, mesmo que seja por apenas um abraço. 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Vida de Suburbano

Ahhhhh... vida de pobre! Todos os dias passamos por situações que são corriqueiras, outras nem tanto. Pessoas endinheiradas, com toda certeza não passam e não dão valor ao que damos. Se nós somos tristes? As vezes, mas conseguimos encontrar a felicidade nas pequenas coisas e inspirada no dia a dia, resolvi listar algumas delas.

- Comer bem no início do mês, porque caiu o dinheiro do vale refeição. Até porque na metade do mês, voltamos para marmita; 

- Ouvir o barulho de Recarga Efetuada do RioCard, quando você está sem dinheiro para pagar passagem; 

- Correr atrás do ônibus é uma das coisas que faz você se sentir mais pobre, porém a felicidade vem quando você entra no ônibus e ele está vazio;

- PROMOÇÃO DE CERVEJA. Leva uma caixa por um preço e a segunda sai com 50% de desconto. Até arrepia. 

- Colocar uma roupa ou arrumar a mochila e achar dinheiro, quando menos esperava e quando mais precisa;

- Fazer o orçamento do mês, pagar as contas e sobrar dinheiro. Você fica feliz por ter sobrado, mas antes, ficou duas horas pensando "Qual conta deixei de pagar?"

- Passar o cartão de crédito e dar transação aceita;

- Pagar a última prestação. Seja no cartão ou no boleto;

- Comprar algo na loja, chegar no caixa para pagar e ele falar que está na promoção com 70% de desconto;




sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cadê as borboletas?

Eu trabalhava numa empresa, no centro do Rio, na Cinelândia, para ser mais exata, como atendente de telemarketing. Da janela do nosso setor era possível ver uma parte da praça Mahatma Gandhi e sempre víamos casais que passavam por lá diariamente. Uma vez, vimos um casal sentado no banco, a mulher no colo dele, se beijavam constantemente, parando apenas para respirar. Ela levantava, ele a puxava de volta e se beijavam. Ela levantava de novo, conseguia se desvencilhar das mão dele, ele levantava atrás dela, a abraçava e eles se beijavam de novo. Na despedida ficavam de mãos dadas e mais beijos, até que cada um ia para o seu canto. As meninas do meu trabalho, costumavam dizer que casal que se agarra muito, dessa forma, dentro de um curto período de tempo, são amantes. Logo, precisam aproveitar todo tempo que tem. 

Hoje, eu ainda trabalho no centro do Rio, mas agora próximo a praça XV. Quando saio do trabalho, vou para o ponto de ônibus, que fica em frente ao fórum. E foi lá que vi um casal. A menina encostada na parede, o rapaz de frente pra ela e sempre se agarrando e beijando muito. A primeira vez que os vi, veio o pensamento das meninas do meu antigo trabalho. No dia seguinte, eles estavam lá, inclusive nos dias de chuva, que cada um estava com suas capas de chuva coloridas, aquelas que a gente costumava usar para ir a escola quando criança. Foi aí que pensei:"E se eles não são amantes e sim, um casal em início de namoro?" e estou pensando nisso até hoje. 

No começo, tudo é lindo. A saudade é constante, as mãos tremem, borboletas no estômago, aquele frio na barriga, ansiedade que antecede o encontro, a falta de concentração ao longo do dia, o sorriso que nunca sai do rosto, muito tempo fazendo sexo, até descobrir o que outro gosta, a timidez inicial... Ou seja, a pessoa é perfeita, incrível e a colocamos num pedestal. Intocável. Sem defeitos. Semana passada, um amigo meu, Victor Gabry, publicou uma crônica linda e dizia algo (claro, dentro de outro contexto), que me chamou muita atenção, pelo simples fato de concordar com ele. 

"(..) as pessoas se tornam imperfeitas e humanas conforme convivemos.O pedestal é o lugar em que colocamos aqueles que consideramos perfeitos - e normalmente essas pessoas não ficaram tanto tempo assim conosco."

Quando começa a convivência, passamos a enxergar os defeitos e com isso vem as brigas, os conflitos diários, os hábitos irritantes... E mesmo com tudo isso, a pessoa não deixa de ser perfeita, porque ela é perfeita para você e para sua vida, só não é mais perfeita para o seu pedestal. 
Com relacionamento ficando longo, ele ganha algo chamado rotina. Alguém percebe quando o namoro/casamento entra na rotina? Não que isso seja ruim, é muito bom ficar em casa vendo séries e comendo gordices. Ou ir ao cinema. Ou ir a uma festa de família. A questão é: As borboletas no estômago param quando a rotina começa, quando pensamos que já conquistamos a pessoa amada e não precisamos mais nos esforçar ou ela é exclusiva para o início do relacionamento quando tudo ainda é novidade? Convenhamos que a conquista é diária, para ambos. Cair na rotina é inevitável: faculdade, trabalho, cansaço, preguiça, futebol, corridas, academia ou até mesmo o sedentarismo. Adaptar- se é preciso. Ceder algumas vezes, também. 

Eu não sei vocês, mas quando vejo um casal apaixonado na rua, dou um sorriso leve e penso que eles tem sorte de estarem nessa fase inicial ainda e gostaria de sentir isso de novo, com a pessoa que eu amo (exceto quando estou de TPM, que olho e mando eles irem para um quarto, porque não obrigada). Quem não sente falta de um beijo roubado, de ganhar flores sem data especial, uma visita inesperada no trabalho, ser levada pra casa e comer besteira pelo caminho, ser musa de um poema ou tema de uma música (peguei pesado, mas tem pessoas que escrevem bem e tem o dom pra isso), ganhar um café da manhã na cama, pelo simples fato de ser especial, ser surpreendida. Deixando claro que isso vale pros dois lados. 

Mesmo depois de pensar muito, escrever esse texto, a pergunta ainda fica: E as borboletas, cadê?





quinta-feira, 12 de maio de 2016

Sexo frágil?

Por que nós mulheres temos tanto medo? Por que sempre pensamos muito antes de agir, quando se trata de nos protegermos? Por que nos escondemos quando choramos? Por que deixamos, muitas vezes, que abaixem nossas cabeças, como se fossemos submissas e inferiores? 

Desde que mundo é mundo, as mulheres sempre foram ensinadas que são inferiores, menores, sem valor, submissas, sem voz, feitas apenas para obedecer aos homens, a servi - lo da maneira que ele quiser e principalmente, como ele quiser. Uma vez estava lendo na internet e soube que em 1955, foi feita uma cartilha, "O Guia da Boa Esposa", com dezoito itens, dizendo como a mulher deveria cuidar da casa, como poderiam falar com seus maridos e até mesmo como agir. Alguns absurdos, como: 

"Tenha o jantar sempre pronto. Planeje com antecedência. Esta é uma maneira de deixá - lo saber que se importa com ele e com suas necessidades."

"Separe quinze minutos para descansar, assim você estará revigorada quando ele chegar. Retoque a maquiagem, ponha uma fita no cabelo e pareça animada." 

"Seja amável e interessante para ele. Seu dia foi chato e pode precisar que o anime e é uma das suas funções fazer isso."

"Minimize os ruídos. Quando ele chegar desligue a máquina de lavar, secadora ou vácuo. Incentive as crianças a ficarem quietas." 

"Você pode ter uma dúzia de coisas pra dizer para ele, mas a sua chegada não é o momento. Deixe - o falar primeiro. Lembre - se, os temas de conversa dele são mais importantes que os seus." 

"Não reclame se ele se atrasar para o jantar ou passar a noite fora. Veja isso como pequeno em comparação ao que ele pode ter passado durante o dia."

"Arrume o travesseiro e se ofereça para tirar os sapatos dele. Fale em voz baixa, suave e agradável." 

"Uma boa esposa sabe seu lugar"

Conforme o tempo foi passando, as mulheres foram lutando pelos seus direitos, para serem vistas como iguais, numa sociedade que até hoje é machista. Ainda julgada pela maneira que se veste, a cor do batom que usa, a maneira que se porta, por ser mãe solteira, as mulheres ainda estão longe da fim da luta pela sua tão sonhada igualdade. 

Algum tempo atrás, ouvi de uma pessoa, um homem no caso, que as mulheres não podem se vestir da maneira que quiser, nem andar a hora que quiser na rua, porque a mesma vai sofrer assédio ou até mesmo ser estuprada, porque os homens tem instintos, dos quais as mulheres não entendem e eles (homens) estão no direito de fazer isso. Eu tive uma conversa discussão com a pessoa e deixei meu ponto de vista esclarecido, mesmo que ele não concordasse, porém queria que ele soubesse como uma mulher se sente ao ouvir esse tipo de absurdo. 

Cerca de seis meses atrás, soube de um relato, sobre uma agressão que uma conhecida tinha sofrido. 
Essa menina trabalha numa loja de roupas e todo dia o pessoal faz uma vaquinha, para comprar o café da manhã. Ela foi comprar, junto com um rapaz, que todos sabem que ele tem um caso com a chefe do departamento e que constantemente, fecha os olhos ou passa mão na cabeça do rapaz, para as merdas que ele faz dentro da empresa. O mesmo sugeriu que fossem por um atalho, ela concordou e quando chegaram na rua do suposto atalho, ele a agarrou. Ela se debateu, bateu nele e conseguiu se desvencilhar. O rapaz pediu desculpas imediatamente, ela manteve a distância e disse para comprar o café da manhã e voltar. Na empresa, a menina estava diferente, calada, distante e com cara de choro. Quando as amigas, em quem ela confiava, perguntaram o que aconteceu e ela disse. Tentaram convencê - la a denunciá - lo, sem sucesso. Entretanto, conseguiram com que ela falasse com a chefe. Quando foi a sala da chefe, ouviu o seguinte discurso: "Você dá intimidade demais. Se ele fez isso com você, foi porque deu brecha ou deu a entender que ele poderia fazer isso com você. Se dê ao respeito, que ninguém mais fará isso." A menina foi embora para casa e ficou por isso mesmo. 

Alguns vão dizer que a culpa foi da menina que aceitou pegar o atalho, mas a verdade é, dando ou não liberdade, homem nenhum tem direito de te pegar a força. Nada justifica tal ação. Ouvir esse discurso de um homem é ruim, mas ouvir de uma mulher, numa posição de chefe, que deveria proteger duplamente, é desconcertante. Não devemos nos sentir seguras quando apenas estamos acompanhadas. Queremos respeito, direito de ir e vir, sair e chegar a hora que quiser, sem medo de sermos estupradas, de vestir o que quiser, sem ser julgadas ou assediadas. 

Se você sofreu ou sofre alguma agressão: DENUNCIE! Não tenha medo. Sabe essas moças, que você ouve falar, as feministas? Então, somos mulheres unidas, vamos ajudá - la da melhor maneira que pudermos, mas a partir do momento que não tem denúncia, dá chance deles fazerem de novo, seja com você ou com outras mulheres. Eu, sua amiga, sua vizinha, amiga da sua irmã... E ainda vão pensar que estão no direito, por sentirmos medo de denunciar. Não podemos deixar esses monstros a solta, achando que é normal agredir uma mulher. 

Não somos o sexo frágil
Vai ter luta sim!  

























quarta-feira, 11 de maio de 2016

Prioridades

Sempre tive muitos ciúmes, aqueles nada saudáveis, de vasculhar redes sociais e celular. Conforme o tempo, isso foi diminuindo, principalmente depois que comecei a namorar o Robson, atualmente, meu marido. Sempre entendi amizade entre homem e mulher, por mais que não parecesse. Até porque tenho muitos amigos homens dos quais são apenas amigos, sem segundas ou terceiras intenções. Quando namorava meu ex, Matheus, não conseguia entender sua amizade com sua amiga, Luciana, porém, quando terminamos, coloquei a cabeça e os pensamentos no lugar, percebi o quanto fui injusta com a amizade deles. Poderia e deveria ter sido mais compreensiva. 

O que mais tem no mundo são casais que brigam pelo passado alheio. Ou porque o namorado (a) é amigo (a) do (a) ex, ou porque simplesmente tem amigos do sexo oposto, sem vínculo de um relacionamento anterior. Todo mundo com quem nos relacionamos tem um passado e é preciso tentar, ao menos, compreender. Ao meu ver, aqueles que não acreditam nesse tipo de amizade, são pessoas que fazem amizades já com segundas intenções. podem planejar algo no começo ou a longo prazo, mas estão ali esperando o momento certo. 

Recentemente, reencontrei um amigo, de longa data, que me disse que não sente ciúmes e depois de muitas conversas, consegui enxergar da forma que ele enxerga e levei isso de não ter ciúmes para a minha vida. Claro, ainda não estou 100%, mas coisas que antes me incomodavam, hoje não incomodam mais. Ou apenas me importar com o que é realmente importante. Funcionou, pois estou me estressando menos, me sinto mais leve e sem a necessidade de controlar tudo a minha volta. Relaxar faz bem, principalmente quando é mentalmente relaxada. 

Então, qual é o limite da amizade? Isso sequer existe? Você realmente não se importa de deixar seu marido, namorado, companheiro, sair pra beber com os amigos, enquanto ele assiste ao futebol num bar, muito menos controla o horário, mas quando o mesmo não atende o celular e nem dá sinal de vida e chega de madrugada em casa, realmente é necessário existir um certo limite. Não pra mostrar quem manda, mas pelo simples fato do mundo estar perigoso e você precisa, no mínimo, saber se a pessoa está bem. 

Mas quando se trata da amizade do sexo oposto, onde estão os limites? Ninguém sabe! Quando o amigo (a) ganha mais atenção em determinados assuntos, isso tende a te incomodar e você passa a questionar a si mesmo: "Quem é prioridade nessa bagaça? A amizade ou eu?" Saber dosar a atenção é essencial e saudável, seja para você ou para o (a) companheiro (a). A melhor parte de tudo isso é quando todo mundo se torna amigo. Mais fácil de se sentir confortável em ajudar com os problemas dos outros, quando se tem ao menos uma certa intimidade. 

Eu sei a todo tempo quais são as minhas prioridades, seja nos estudos, trabalho, na vida e com os amigos, mas e você, sabe?













segunda-feira, 2 de maio de 2016

Eu, tu e ela

Sei que está um pouco cedo pra texto do dia das Mães, mas como estou inspirada e se eu esperar até domingo pra postar, posso acabar esquecendo. 

Eu não fui planejada, nem aceita, nem bem vinda. Fui um erro, entre duas pessoas, que no fim acabou sendo um acerto. Pelo menos é o que me falam. Quando minha mãe engravidou, teve de esconder da minha avó, que com a sua sagacidade, descobriu logo no início. Então, minha mãe tinha que resolver o problema. Depois de um momento morando com meu pai, descobriu que ele não estava separado da esposa, como havia dito e mantinha dois relacionamentos. Ela voltou pra casa da minha vó e enfrentou tudo o que vinha pela frente: a ira da minha avó, o meu tio dando opinião sobre a gravidez, que não queria que eu nascesse, mas que ela não podia tirar e nem dá a criança, ou seja, não ajudou em nada. A perda das "amigas"que deixaram de falar com ela, por estar grávida e não ser casada e ser mãe solteira, aos dezenove anos, em 1989, quando era vergonhoso ser mãe solteira. Hoje em dia ainda existe o julgamento sobre isso, mas naquela época você não podia falar muito pra se defender. Estava errada e ponto. 

Não cresci numa família tradicional. Segundo alguns babacas que estão no poder, Família Tradicional é: pai, mãe e filhos. o que considero de família tradicional é ser criado onde se tem amor. Isso eu tive (e tenho) de sobra. Criada por duas mulheres incríveis, minha avó, Julia Sousa e minha mãe, Ana Ruth, elas fizeram o dever de casa, muito melhor que várias famílias tradicionais por aí. Uma menina criada por duas mulheres? O que poderia sair daí? Muita coisa boa e divertida. 

Minha criação foi longe cheia de frescura e mimos, como costumavam dizer que seria, por ser filha única. Dona Julia, sempre severa, me obrigando a comer o que tinha na mesa, porque pobre não tem opção de escolher, tem que comer o que tem, sempre dizendo que elas duas eram minhas amigas, pra não depender de alguém pra fazer qualquer coisa na vida, não desistir dos meus sonhos por ninguém, estude, não se apegue aos homens, não arrume filho cedo, trabalhe, ganhe dinheiro e guarde algum pra velhice. Minha avó não levava desaforo pra casa e me ensinou a ser assim. Tenha sua própria voz e opinião. Mas de algum modo, eu a conquistei. Ela me mimava, mas era uma das formas de dizer que me amava, fazendo bolos de chocolates, canjica, canja, brigadeiros, pudim, aipim frito, bife acebolado e muitas outras coisas mais. Afinal, foram vinte e seis anos de guloseimas. Como a minha mãe não podia ir a muitos eventos da escola e nem reuniões, era sempre minha vó que estava lá. Minha mãe sempre trabalhou muito pra deixar o aluguel em dia e a comida na mesa. Minha avó trabalhou arduamente a vida inteira. No Maranhão, trabalhou em dois empregos pra dar uma boa educação aos filhos e aqui no Rio, limpava casas. Limpou até aos 79 anos, até que caiu, machucou o braço e teve que admitir que não tinha mais idade pra isso. Minha parte durona, grosseira, sincera, persistente e teimosa veio dela. Ela carinhosa, muito até, mas demonstrava do seu jeito.

Não podemos tirar o mérito da minha mãe. JAMAIS. Ela que me carregou por nove meses, passou dificuldades, já mencionados anteriormente. Trabalhou, estudou, pagou as contas, me deu livros infantis, fitas dos meus desenhos favoritos, me abraçava e me beijava enquanto tomava café, brincava de Maria Chiquinha, me deu cestas de café da manhã, presentes que nunca pensei em ter, acabou com espírito do natal quando eu tinha cinco anos (mãe, amei a bicicleta), me fez aprender a nadar, andar de bicicleta, patins, jogava jogos de tabuleiros comigo, banco imobiliário, Veja o Brasil, cara a cara, tapa a tapa, nunca me comprou um atlas (piada interna), mas me comprou dezenas de bonecas. Cantávamos juntas, ela me acalmou quando o Mufasa morreu e me disse que ia ficar tudo bem, que eu deveria prestar atenção no Simba, me fez gostar de filmes legendados, me apresentou Woody Allen, Tim Burton, Quentin Tarantino, John Woo.... E me fez gostar da sua maior paixão: cinema. Ela é o Yoda. E eu sou sua padawan, agora mestre Jedi, na crítica. Altamente treinada, pela melhor! 
A parte sensível, amorosa, doce, chorona, emotiva e a coragem de se jogar no desconhecido é toda da minha mãe. Ela comete erros, alguns rápidos de perdoar, outros nem tanto. Mas quem não comete erros? Qual mãe acerta em tudo? Qual mãe não tem medo? Qual mãe não comete o erro por proteger demais? Da mesma forma que ela me entendeu a vida inteira, preciso entender suas escolhas. Como diz na música do Renato Russo: "Você me diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais" Mas sei que somos parceiras até o fim. 

Eu sei que ela vai chorar quando eu me formar, quando o primeiro neto nascer. E o segundo também. Vai mimar os netos, assim como vai educar. Vai me dar conselhos quando eu pedir. E quando eu não pedir também. Vamos brigar. Vamos fazer as pazes. Mas tenho certeza de uma coisa: não importa se tenho cinco, dez, quinze, vinte e sete ou cinquenta anos, ela vai me olhar dormir e fazer cafuné, dizendo que sou o bebê dela. Porque na cabeça dos nossos pais, nunca crescemos. Por eles, ficaríamos crianças pra sempre, só para ficar pra sempre debaixo das asas e sendo sempre protegidos. 

Fui um erro. Virei um acerto. 

Mãe, agradeço a Deus pela honra de ser sua filha e ainda mais por ter me dado uma mãe tão dedicada e maravilhosa. 

Obrigada por existir e feliz dia das Mães. 

Te amo de forma que nenhuma língua pode explicar e nenhuma matemática pode mensurar! 







quarta-feira, 27 de abril de 2016

Forever Young

Que a verdade seja dita, só quando somos criança é que queremos crescer. Pensamos que aos 18 anos iremos sair de casa, que se pode ter muito dinheiro apenas trabalhando num emprego regular, que quando acabamos a escola não precisamos mais estudar. E quando crescemos, percebemos que fomos enganados, não pelo nossos pais, mas pela expectativa que criamos na vida adulta. Se a gente soubesse que crescer fosse assim, teríamos brincado mais. A única coisa que queremos quando adulto, é ter as contas pagas, entrar numa piscina de bolinhas, pular numa cama elástica e dormir por mais de 8 horas seguidas. 
Não estou em crise existencial. Apenas quando comemoro aniversário. Saber que está chegando nos 30 dá um certo nervoso, não pela idade, mas por ser algo novo. Ou a gente espera que seja.

O post de hoje é sobre uma conversa que ouvi e participei, entre duas alunas, na academia onde trabalho. Sempre quando estou no fim do expediente, fecho as coisas, pego meu livro da semana e sento na bicicleta horizontal e leio. Fico ali porque fica de frente para tv, caso queira ver um pedaço da novela e também fica de frente pro ventilador, já que na recepção é um pouco quente. A conversa começou sobre a nova fase da novela, Velho Chico, onde comentamos que a peruca do Antonio Fagundes ficou ridícula e Cristiane Torloni está envelhecida. Papo calcinha.
Uma das alunas perguntou se o pescoço da Cristiane estava realmente pelancudo ou era maquiagem. Respondi que a atriz tem uma certa idade e que os lugares do corpo que denuncia a idade são: pescoço, mãos, joelhos e pés. Retornei a minha leitura e as duas alunas ficaram conversando sobre procedimentos estéticos, uma dizendo que todos esses procedimentos são temporários e a outra falando que valia a pena. Essa mesma aluna que disse que valia a pena, virou pra mim e disse: "Não quero envelhecer". Eu comentei: " Tenho medo de nunca envelhecer". O silêncio caiu sobre nós.

Sejamos sinceros mais uma vez, a sociedade é cruel com as mulheres em relação a envelhecer. O homem pode envelhecer, tem liberdade  pra isso. Fica bem com cabelos grisalhos, ganha um porte diferente, as rugas ficam bem para seu rosto e as meninas novinhas, dão em cima (em algumas situações). Porém, a mulher de cabelo branco? Tem que pintar. Mulher engordar? Não mesmo. Tem que se cuidar e ficar sempre magra e esbelta. Fazer tatuagem depois dos 40? Não está velha demais pra isso? Com alguns desses questionamentos , que a mulherada (na grande maioria), não consegue não só aceitar a idade que tem, como o envelhecer também. ,
Não tenho medo de envelhecer. Não quero morrer cedo. Enquanto estiver lúcida e com saúde, não importa se tenho 80 ou 100 anos, quero viver.

Mulheres, no geral, não deveriam, em hipótese alguma, se importar com a opinião alheia, sobre envelhecer. Seja feliz com o que tem ou com que vai ter no futuro. Se acha que pode melhorar, melhore. Se está feliz com você mesma, continue sendo. Tenha medo da alma envelhecer, com os sentimentos de rancor, tristeza, sede de vingança, infelicidade.... Isso sim é velhice. Toda idade tem momentos bons e sabendo aceitar isso, será eternamente jovem.










 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Por que amo ler?

Ninguém cresce com aquela vontade imensa de ler. Isso se adquire com o tempo, dedicação e com algumas cobranças - ou incentivos -  dos pais.

Eu nunca gostei de ler. Minha mãe sofria pra que eu gostasse e nada que fizesse surtia efeito. Nem mesmo a escola. Em uma determinada série, fiz amizade com uma menina, que o pai dela era ator, diretor e roteirista de teatro e ficou abismado quando soube que eu não gostava de ler. Disse que era muito bom e que todos deviam aprender a apreciar uma boa leitura. Surtiu um efeito de leve em mim e passei a ir mais na biblioteca da escola, onde li O Mistério do 5 Estrelas e O Rapto do menino Dourado, de Marcos Rey, da coleção Vagalume e Ática, respectivamente. Porém, o verdadeiro amor pela leitura começou com Harry Potter. 

Na oitava série, fui ao cinema assisti Harry Potter e a Pedra Filosofal. na época eu amei o filme e uma amiga me disse que era baseado num livro. Sabendo que a vizinha tinha, pedi emprestado e o li em apenas em dois dias (levando em conta que só estudava, logo tinha tempo de sobra pra leitura). Foi aí que me apaixonei perdidamente por livros. Não sabia como fazer pra ler o segundo, pois a vizinha não tinha a coleção. Passei na livraria perto da escola, vi o preço do segundo livro e pensei, que se juntasse o dinheiro do lanche, por duas semanas, daria pra comprar. Foi o que eu fiz. Nunca passei tanta fome no recreio, mas valia a pena. 
Passado a duas semanas, com o livro na mochila, cheguei em casa, fiz o que tinha que fazer, minhas obrigações e no final da tarde comecei a ler. Primeira vez cheirando um livro novo, coração disparado, animação por continuar uma leitura desejada por duas semanas. Quando minha mãe chegou em casa, viu o livro na minha mão e perguntou como tinha conseguido. Disse a verdade e ela me encarou por um tempo. Pensei: "Estou encrencada". Ela sorriu, me olhou com um olhar de ternura e orgulho e disse: "Não precisa passar fome na escola. Quando quiser um livro novo, só me pedir que eu compro". Pedi o Prisoneiro de Azkaban e no dia seguinte ela tinha comprado. Depois disso não parei mais. Quando comecei a trabalhar, passei a comprar meus próprios livros, mas minha mãe ainda me dá alguns. Uma vez minha mãe disse para minha vó, que eu tinha muitos livros e que isso a deixava doida. Minha vó respondeu, calmamente:" Pensa pelo lado bom, Ruth. Ela poderia estar gastando com drogas". Nunca mais ouvi reclamação. 

Não sou uma pessoa que tem muito dinheiro, quero muito viajar para fora do país. Paris é minha maior vontade. quem me conhece, sabe dessa minha paixão por Paris.
Por que eu amo ler? Porque os livros me tiram da realidade, me fazendo viajar pra onde nunca imaginei que poderia ir.

Eu ajudei o Harry e seus amigos a destruir as Horcruxes e matar Aquele Que Não Deve Ser Nomeado. Fui a Terra Média, participei da reunião em Valfenda e lutei contra Orcs, para que o Frodo e o Sam conseguissem destruir o Anel. Visitei Forks e vi uns vampiros que brilham no sol. Ajudei Percy Jackson a salvar o Olimpo. Fiz o caminho de Santiago. Aprendi sobre alquimia. Resolvi casos em vários lugares com um detetive chamado Hercule Poirot. E viajei o mundo pra ajudar Robert Lagdon. Conheci de forma prazerosa o Quarto Vermelho da Dor e um homem muito, muito interessante chamado Cristian Grey. Me apaixonei pelo Mr Darcy, perdidamente. Vi a luta de Tristão e Isolda, para ficarem juntos. Acompanhei de perto ao lado da morte, a vida da Liesel e sua intrigante mania de roubar livros. Vi Woodbury no comando do Governador, lutei contra ele e sobrevivi a uma horda de zumbis. Lutei pelos direitos dos negros ao lado de Skeeter, Aibeleen e Minny. Vi anjos se rebelarem e brigarem, criando um verdadeiro Apocalipse, na terra. Vi o amor de um cachorro, Marley e seu dono. Corri pela minha vida, em um labirinto que se mexe, apenas pra tentar salvar a vida dos meus amigos, até porque C.R.U.E.L é bom. Vi o menino Soluço e seus Dragões. Ajudei a Suzannah a levar fantasmas pro seu devido lugar. Vi um homem se transformar no demônio, fazendo as pessoas contarem seus segredos mais profundos. Fiquei abismada quando vi um homem comprar um fantasma. Ajudei Mina Harker a se livrar do Drácula. 

Ainda tenho lugares pra estar. Pessoas pra conhecer. Amigos pra fazer. Guerras para batalhar. 






















quarta-feira, 20 de abril de 2016

VOTO SIM!

Todo mundo que está acompanhando, nem que seja um pouco, a política atual, está sabendo sobre aquela vergonha dos políticos, no último domingo, dia 17/04/16. Sim, estou falando sobre a votação do Impeachment, mas não estou aqui pra falar sobre política. Estou evitando nas redes sociais e pretendo evitar aqui também. Então, por que estou falando sobre a votação? Porque o brasileiro tem a necessidade de zoar tudo o que acontece no país, seja desgraça ou não e comigo não será diferente. 
Portanto, vou votar sim, mas não em algo que mudará o país. 

- ATUALIZAÇÕES DAS MINHAS SÉRIES FAVORITAS NA NETFLIX

A Netflix veio para revolucionar as páginas de séries e filmes. Mesmo quando se paga apenas trinta reais por mês, a Netflix é uma mãe. Trouxe séries incríveis como: Orange Is The New Black, Demolidor, Jessica Jones, trouxe de volta Três É Demais, Gilmore Girls e ainda disponibilizou todas as temporadas antigas de Gilmore Girls, pro pessoal que não viu acompanhar ou quem simplesmente ama a série, possa rever. E não para por aí, mesmo com essa confusão que a VIVO criou a respeito da internet fixa limitada, a Netflix disse que pode disponibilizar conteúdos offline, ou seja, mais uma razão para amá-la. Mas nem tudo são flores. Eu, Mari, particularmente, não ligo pras atualizações do site, até porque se quero uma temporada nova que não está disponível, faço download de outro site e vida que segue. Entretanto, nem todos os (as) amigos (as) tem essa sagacidade e nem um companheiro/ companheira que possa baixar os episódios da sua série favorita, então, Netflix, atualiza as séries pro pessoal. Exemplo disso é The Walking Dead, que está na quinta temporada. O pessoal ainda está saindo do Terminal e tentando levar Eugene pra Washington D C. Netflix, vocês estão atrasando o pessoal. ATUALIZA, MEU AMOR!!!! 

- PARA SABER QUEM O NEGAN MATOU

Pra quem não acompanha The Walking Dead, Negan é o mais novo vilão da série, que tem a Lucille, que é um bastão de baseball, enrolado com arame farpado e que todos estavam esperando ele aparecer. 
Pra que acompanha, não preciso falar muito. Todos sabem que quem morre na HQ, pela mão do Negan é o Glenn, porém o criador da série, Robert Kirkman, disse que a série não segue as HQs fielmente, logo qualquer um poderia morrer. Então, qual é a revolta? Simples, as pessoas esperaram a sexta temporada inteira pro Negan aparecer, ele só apareceu no último episódio e quando finalmente, você acha que vai saber quem morre, a AMC mantém o suspense e não mostra. A revolta fica maior por três motivos:

1) Só saberemos quem morreu em outubro, quando estreia a próxima temporada.
2) Pode começar a temporada com episódio nada a ver e manter o suspense por mais um tempo.
3) Matar alguém tão insignificante na série, que nos deixará mais revoltados do que as alternativas anteriores. 

AMC LIBERA QUEM O NEGAN MATOU E NOS DEIXE VIVER EM PAZ! 

- PELO FIM DAS PESSOAS QUE PERGUNTAM QUANTO MAIS TATUAGENS VAMOS FAZER

Sinceramente, não entendo qual é o objetivo dessas pessoas. O dinheiro é meu, o corpo é meu, o tempo é meu, se eu carimbar o passaporte do inferno por ter tatuagem, quem vai pra lá sou eu e não diz respeito a mais ninguém, o que faço ou não da minha vida, a não ser a mim mesma. 
Então, se você é uma pessoa que controla as tattoos alheias, só peço uma coisa: PARE! 
Vamos fazer mais sempre, porque tatuagem é viciante. Não adianta falar, que vamos virar tapete, muro ou gibi, vamos continuar fazendo do mesmo jeito. Meu caráter não vai mudar, nem minha personalidade. 

- PARA CORRIDAS DE RUA MAIS BARATAS

Essa é para quem corre. 
Eu participo de corridas de rua, amigas minhas também e sabemos o quanto custa cada uma. Podem até dizer: "Mas o kit é bem legal." É sim, mas a grande maioria dos kits, não valem cem reais. Ou 160,00. Principalmente, que eles compram camisetas em quantidades, com certeza sai mais barato. 
Nós corredores, não queremos nada de graça, apenas algo mais barato, para que possamos participar de muitas corridas e não precisar ficar selecionando quais corridas podemos ir. 

- PELO FIM DO FRETE CARO DOS LIVROS PELA INTERNET

Compro muitos livros. E ganho também. As vezes, vemos promoções imperdíveis nos sites e vamos com muita sede ao pote, colocamos no carrinho de compras somente o necessário, alguns 21651631654165 livros, mas quando você coloca o CEP e aparece o frete, é o dobro do valor dos livros. QUEREMOS LIVROS COM FRETE BARATO (OU SEM FRETE) 

E POR ÚLTIMO, UM VOTO SIM DE VERDADE, SEM BRINCADEIRA:

- PELO FIM DO ASSEDIO A MULHER, INDEPENDENTE DO QUE ESTEJA VESTINDO

Nenhuma mulher gosta de levar cantada na rua, principalmente pornográficas. Entendam, elogio é uma coisa, cantada é outra. A mulher pode se vestir da maneira que ela quiser, como ela quiser e quando quiser, isso não dá direito ao homem, assediar, cantar e nem tocar. E muito menos, julgá - la pelo o que ela veste. Ela não se veste pra te agradar e sim, com o que se sente bem. 



























segunda-feira, 14 de março de 2016

Desafio do ano: Run The Night 2016 - 10k

Hoje fui ver meu ponto de retirada do kit da corrida Circuito Athenas - 6km. Na página, já estava aberta inscrições para o Run The Night, em novembro e resolvi me inscrever. Não apenas no de 5k e sim, 10k. Desafio do ano! Estou precisando de motivação, era isso que estava buscando! 
Com treinos durante a semana e sendo disciplinada, consigo terminar com um bom tempo. 


quarta-feira, 2 de março de 2016

Cavaleiros do Zodíaco

Vamos deixar uma coisa bem clara aqui: NÃO GOSTO DESSE DESENHO.

Quando estou numa roda de amigos e começam a falar sobre desenho da infância, tem que falar Cavaleiros do Zodíaco. Armadura de Libra, as 12 casas (nem se é isso), os Cavaleiros mais fodas do desenho e por aí vai. 

Comecei assistindo por curiosidade, pra saber o que é. Assisti a saga de Hades em apenas um dia, até porque na época, o Cartoon Network fazia maratonas de desenhos. 
Depois de um tempo, assistia porque meu irmão gostava (e ainda gosta) muito. Mas a minha opinião não mudou e duvido que muito que mude. 

- Hyoga;

Não fede nem cheira. 

- Shiryu;

Algo que acho impressionante nele: luta, fica na merda, não consegue lutar, se cega e vence. Aí depois volta a enxergar. Como? Ele não fica cego do nada, ele fura o olho e volta a enxergar. 
Ele bem que poderia dar uma ajuda no SUS de como ele faz isso.

- Shun;

Pra começar, ele parece uma alegoria de carnaval, da Estação Primeira de Mangueira. E em todo o episódio (ou na grande maioria) ele fica chamando pelo irmão "morto". Ikkiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Ikkiiiiiiiiiiiiiiiii... com voz de uma criança de cinco anos. Nada contra o cara sentir falta do irmão, mas o cara está morto, até onde o Shun saiba e ficar gritando o nome dele não vai trazê-lo de volta.

- Seiya;

Ele é o mais divertido de todos. Ele sempre enfrenta um cara em específico, fica meia hora de conversa (sim, porque todas as lutas tem um looooongo diálogo, assim como em Dragon Ball, Yu-Gi-Oh, entre outros), manda poder, mais conversa, mais poder, sendo que o Seiya apanha muito, a ponto de ficar destruído. Aí, ele tira força do cu e manda um poder BÁSICO. SIM, EU DISSE BÁSICO. E vence o cara. ELE VENCE O CARA!!! Ele apanhou o episódio todo pra mandar no final um PODER BÁSICO! POR QUE ESSE MONGOL NÃO MANDOU O PODER BÁSICO NO INÍCIO DA LUTA? ME POUPAVA DIÁLOGO, TEMPO, ENROLAÇÃO E FRUSTRAÇÃO.

Personagem bônus:

- Saori;

Sinceramente, não sei qual é a dela. Não sei se ela forte ou fraca, poderosa ou não, se sabe lutar ou não. Mas admito que ela tem um cabelo maneiro. 
Os Cavaleiros, estão lá, se matando (ou se cegando) pra tentar salvá-la, ela sempre com aquela voz calma, falando: "Cavaleiros, preciso de vocês, me ajudem.", eles conseguem, depois de muito sacrifício ajudá-la, ela vai lá e fala: "Obrigada, Seiya." Oi? Todos te salvaram, cabeçuda, teve pessoa se cegando, pra te salvar. Ele pode estar cego, mas não está surdo. Ele vai ouvir você agradecendo. 

 P.S: Admito que a música de abertura da primeira temporada é boa. Acho que é a única coisa que gosto do desenho.  















terça-feira, 12 de janeiro de 2016

12 de janeiro

Hoje é meu aniversário. 
E desde que me entendo por gente e quando comecei a entender o sentido da história, em todo aniversário acontecia a mesma coisa, principalmente quando caía em finais de semana. 

Minha avó me acordava, com água benta, me beijando, dizendo que deveria tomar café da manhã, com minha mãe e ela e aproveitar o dia, já que ele era meu. Se o telefone tocava, eu tinha que atender, porque certamente era pra mim (já que naquela época não existia Facebook para te lembrar, então quem te ligava no fixo, te parabenizando, era porque realmente sabia seu aniversário). 
Minha vó não dava os parabéns até dar 16:40, que foi a hora que nasci. Minha mãe aproveitava o café da manhã pra me dar meus presentes ou apenas presente. Almoçávamos juntas e sempre uma comida mega deliciosa, da dona Julia, que fazia questão de fazer o que eu gosto. E durante o almoço, sempre ouvia a mesma história: a do meu nascimento. 

Minha vó não fazia questão que eu nascesse, partindo do princípio que minha mãe era muito nova, ela achava que minha mãe não tinha capacidade de cuidar de uma criança. Acho que até a minha mãe duvidava dela mesma, mas assumiu o "fardo" mesmo assim. Meu pai não valia (ou vale) muita coisa, porém minha mãe nunca falou mal dele. Minha vó, às vezes. Entretanto, o rancor é meu, por crescer e entender o valor das mulheres que me criaram com tanto carinho, amor, esforço e força. 
Sempre começava com a minha mãe falando que quase de manhã, não conseguia dormir mais e levantou as 7 da manhã, que minha vó acordou e a viu caminhando pela sala. Perguntou se estava bem e ela disse que estava com uma dor enjoada que não passava. Minha vó disse: "essa pequena vai nascer, Ruth." Chamaram meu tio, que na época tinha carro, e foram para o Hospital Sírio e Libanês, na São Francisco Xavier. Descobriram lá, que o traste do meu pai, não pagava o plano de saúde fazia cinco meses e que não poderiam fazer nada por lá. Foram elas, pra Maternidade Pública Praça XV. As 16:40, eu nasci. 
Ouvi essa história, em todo aniversário, se não fosse no almoço, era a noite, na janta. Ainda tinha a parte que meu pai foi me ver e queria que a minha mãe, colocasse o sobrenome dele, quando fosse me registrar. Minha mãe disse: "Coloco sim. Mas você pagará pensão. Porque visitar, sem trazer nem uma fralda, realmente não dá. Logo, ela com seu nome, terá que me ajudar." E foi assim, que nunca mais ouvimos falar dele. Apenas registrada no nome da minha mãe. Gosto assim. 

A melhor parte, era que minha vó fazia um bolo de chocolate, simples, de Nescau e fazia um café fresco pra acompanhar. E ainda me deixava lamber a massa do bolo, enquanto ele estava assando.

Quando ela estava com câncer pela primeira vez, ela me disse que sou a neta que deu mais orgulho. Acho que acabei domando a fera, no final das contas.  

Por que estou contando isso? Primeiro aniversário que nada disse aconteceu. Não tem bolo simples. Nem história. Nem acordar com água benta. Tudo muito diferente, não que esteja ruim, mas era meio que uma tradição e senti falta. 

Vou precisar de tradições novas e deixar essas apenas na caixinha das lembranças boas. =')











segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Por que amo correr?

Primeiro post do ano de 2016!!! \o/ 
E por que não começá -lo falando sobre algo que amo fazer: correr! 

Quando falo que gosto, muita gente acha que é por estética que corro ou me chamam de maluca. 
Descobri quando minha vó faleceu, que ela era meu ponto de equilíbrio. Era o elo entre minha mãe e eu. A que fazia tudo dar certo, num equilíbrio perfeito. E quando ela se foi, percebi que passava muito tempo com ela, fazia muitas coisas com ela e conversava muito com ela. E todo meu equilíbrio se foi  junto com a minha velha. Precisei, então, encontrar um válvula de escape que não fosse outra pessoa, a não ser eu mesma. 

Então, comecei a correr. Por estética, pra emagrecer, para ganhar resistência e perder gordura. Até que eu notei que não conseguia ficar mais sem correr. 

Quando estou correndo, meus problemas somem. A corrida começa devagar, pra aquecer. A respiração vai ficando mais difícil, as panturrilhas e a barriga começa a doer. 
Depois tudo flui: o coração começa a bater no ritmo da corrida, a respiração entra em sintonia com o coração, a dor na barriga passa, a pista vira sua amiga, os problemas que você estava pensando enquanto se alongava, agora já sumiram. Seus pensamentos se misturam e você começa a pensar na música que está tocando nos fones de ouvido. Tudo se torna prazeroso: a brisa no rosto, o tempo correndo e a disposição que ganha a cada passada.Quando percebe, não tem mais nada na sua mente, a não ser uma sensação de alívio, dever cumprido,que pode enfrentar o mundo e que no dia seguinte, quer ter essa mesma sensação. 

Amo correr, porque ele é meu equilíbrio. Onde encontro a minha paz. Da mesma forma que a minha vó fazia.